sexta-feira, 18 de setembro de 2009

OS MÍSSEIS DO PODER



Nasci no ano da Graça de Nosso Senhor Jesus de 1943, no fervor da Segunda Guerra Mundial, que culminou em 1945 com a derrota da Alemanha Nazista e a Rendição Incondicional do Japão, um dos paises aliados do Eixo, perante os Estados Unidos da América, após haverem sido lançadas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki duas bombas atômicas em que pereceram perto de duzentas mil pessoas. Estas bombas foram lançadas através aviões, não havendo ainda os terríveis mísseis, a não ser os incipientes VI e VII alemães que destruíram boa parte de Londres, mas eram mísseis de curto alcance e de capacidade menor dos que vemos hoje.
Na altura dos meus sete anos (1950), irrompeu a guerra da Coréia do Norte contra a Coréia do Sul a primeira comunista e a segunda democrática sendo esta ultima, apoiada pelos Estados Unidos, que deu todo apoio logístico, em armamentos e pessoal, empurrando a Coréia do Norte de volta às suas fronteiras.
Dessa época para cá ainda em nossa cidade, nem sonhávamos com televisão, ouvíamos pelo radio as noticias e meu pai assinava o extinto “O Jornal” do Rio de Janeiro, que nos informava sobre tudo e sobre os acontecimentos mundiais; passei então a interessar-me muito pelos armamentos e a evolução deles. Em 1952, já era de conhecimento do pequeno clube atômico mundial a Bomba de Hidrogênio, muitas vezes mais potente que a atômica.
Foi iniciada nesta década a chamada Guerra Fria, onde os paises ocidentais contra a União Soviética mais seus asseclas começaram a se armar cada vez mais suas forças, principalmente em armas nucleares mais potentes e os Estados Unidos sempre na vanguarda de tudo no mundo, a produzir incansavelmente mais e mais ogivas nucleares.
Para lançar estas temíveis bombas pelo mundo afora, onde o perigo se instalasse, e para provar aos outros o poder de dissuasão destas potencias mundiais, foram criando mísseis cada vez mais poderosos, com uma capacidade imensa de transporte em toneladas como em autonomia de vôo, afora os B-52 americanos e os Antonovs e Ilyshin russos. Do lado americano e russo os famosos mísseis intercontinentais (ICBM), cada um com bombas nucleares de varias ogivas, isto é, um míssil disparado atingia dezenas de alvos de uma só vez com varias bombas potentes.

Sugiro aos meus amigos, ver um filme lançado na década de 80, que ainda podemos encontrar em locadoras, onde mostra os horrores de uma guerra nuclear e as seqüelas que deixaria na natureza e nos humanos “sobreviventes”; apesar deste filme não ser uma obra prima, ele retrata fielmente o holocausto. Seu nome: The Day After ( O dia seguinte).

Mas como nos paises que hoje possuem a tecnologia nuclear, existem bombas maiores, medias e pequenas para o tipo de alvo desejado, ipso-facto, os mísseis serão compatíveis com os tamanhos das bombas e distancias desejadas.

Existe entre nós humanos, mísseis talvez mais perigosos, mortais e de um poder muito mais doloroso do que os mencionados acima, sãos os “Mísseis do Poder” que, como as nações poderosas, eles são acionados de acordo com a vontade, orgulho e desejo dos seus possuidores....O Dinheiro !!!

Para exemplificar, existia um dono de uma industria, que abrigava muitos funcionários e este, poderoso que era na época e principalmente priáprico, quando via uma funcionária nova e bonita trabalhando em sua fabrica, logo mandava que ela viesse em seu gabinete e soltava o míssel : - quero voce ou rua !!!, a coitada tinha duas alternativas, demitir-se ou atender aos desejos do chefe, submetendo-se a uma das piores dores morais infringidas a uma pessoa, principalmente mulher solteira, casada, mãe, religiosa, etc., se ali estava trabalhando era por necessidade de ajudar na manutenção da família, e quando esta pessoa tinha outros familiares trabalhando nesta industria e recebia outro míssil:- todos irão para a rua!!!...que fazer? ... doloroso, não !!!

E quando a pessoa é influente na sociedade e lança o míssil da Maledicência contra uma outra ?, amigos de outrora, não são mais e como toda fofoca, ela difunde rápido e com um poder aumentativo violento...

E o funcionário de uma grande empresa ou publica, resolve admitir quando quer e demitir da mesma forma, uma pessoa necessitada a pedido de outrem ou por antipatía?...

O Poder político ou financeiro sempre advém do dinheiro, do vil metal; quando bem dirigido faz maravilhas ao ser humano, à coletividade, ajuda em tudo, faz o progresso e traz a paz às pessoas e ao mundo.

Já que não estamos conseguindo desmontar os mísseis nucleares no mundo, que possamos desarmar os nossos mísseis interiores.

Existe uma trova, que esqueci o seu autor, mas acho-a simplesmente extraordinária:

“ LANÇO A BOMBA DO MEU SONHO,
OGIVA DE PAZ E AMOR;
E O COGUMELO MEDONHO,
GANHA FORMATO DE FLOR... “


Muita Paz...Degas D_C – 18.09.09

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