segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A Flor de Lis
Nos arredores da cidade do Recife em Pernambuco, nordeste do Brasil, Sr. Antônio, pai de cinco filhos, preparava para deixar a palafita onde morava com sua esposa Dalva, para dirigir-se a pé, ao centro da cidade, depois de sorver um ralo café adoçado com rapadura sem nenhum acompanhamento, vez que os pães duros que tinha para aquela manhã, eram divididos com os filhos, todos menores sendo mais velha a Lis.
Sr. Antônio era descendente de holandeses, como também dona Dalva, tinham a pele clara e olhos azulados, educação polida e apesar da condição humilde, receberam de seus pais, firme educação de berço e escolar.
Ele, naquela manhã, como em todos dias, procuraria residências, prédios e outros locais, onde existisse um jardim para cuidar, pois como todo holandês ou descedente, era eximio cultivador de flores e jardins. O trabalho era escasso e o pouco que conseguia ganhar, mal dava para alimentação, vestuário, remédios e outras despesas.
D. Dalva, sua mulher, cuidava das crianças e lavava roupas para familias de classe média, buscando as trouxas, lavando passando e devolvendo-as limpas e capichosamente arrumadas.
A pequena Lis, além de cuidar dos irmãos menores, ajudava D. Dalva na lida com as roupas, correndo para lá e para cá, pois às 13:00 horas teria que estar na escola do bairro para cursar a 3" série do ensino primário, no seu uniforme surrado, mas limpo e passado, apesar de alguns remendos bem feitos porela mesma.
Lis, fazia seus deveres escolares à noite, sob a luz buxuleante de uma pequena lamparina a querozene, após fazer os quatro maninhos menores dormir, depois de um parco lanche era ela quem os acudia na noite, quando alguns deles choramingavam e queria água ou ir lá fora.
A menina-varoa aos 9 anos, tinha uma vida dura e trabalhosa como se fora uma moça feita de 18 anos, arrimo de família. Sua pele clara, seus olhos vivos e doces, seu pequeno corpinho e sua simpatia mais a comunicabilidade contagiantes, faziam dela uma perfeita flor no meio do pàntano, reluzindo e espargindo uma beleza fundamentalmente espiritual.
Mesmo com seus dias duros e trabalhosos. Lis não tirava do seu belo rosto, aquele sorriso simpático e cativante, onde os seus "bons dias" eram recebidos com agrado pelos idosos e adultos, onde passava.
Em Lis, o que mais cativava era o espirito de ajuda que ela emprestava a todos, seja ao ajudar uma pessoa a atravessar ruas, seja no auxilio em carregar coisas para outros ou qualquer outra atividade que auxiliasse alguém, além do seu doce e simpático olhar.
Isto, aos 14 anos lhe valeu um convite do Sr. Francisco, dono de uma padaria, para que ela fosse entregar pães com uma grande cesta e ajudar no balcão por meio expediente, o
que garantiu para sua família o pão de cada dia e mais algum alimento. Á tarde, Lis continuava seus estudos, já quase finalizando o ensino primário.
Nesta idade, elajá era uma linda mocinha, como uma bela flor holandesa, cada dia mais comunicativa, alegre e simpática onde todo o bairro recebia dela os "bons dias, tardes, noites e o olá, como vai"?
Sr. Antônio e d. Dalva continuavam nos seus trabalhos e alguns dos filhos mais crescidinhos já estavam indo a escola,
oque para Lis, era mais uma tarefa, além de aprontá-los, fazia o dever de casa com eles, e ajudar na educação cotidiana.
O pai de Lis, tinha um irmão que morava no Rio de Janeiro e era empregado, juntamente com sua mulher, na casa de um diplomata brasileiro que exercia funções internas no Ministério das Relações Exteriores, na bela capital.
O casal diplomata, sem filhos, estava precisando de uma moça de confiança para ajudar no trabalho doméstico de sua residência, onde a governanta Francisca dava ordens e comandava o cerimonial diuturno e nas recepções do casal.
O tio de Lis, Sr. Almir, falou aos seus patrões da existência da jovem Lis e da educação de berço que tinha e dos seus antepassados. O casal interessou-se e através do consulado no Recife, o contato foi feito com o Sr. Antônio e com relutância, mas para a melhoria do futuro de Lis, ela embarca para o Rio de Janeiro em companhia do seu tio Almir.
Chegando ao Rio, na bela residência dos diplomatas no Jardim Botânico, Lis foi acomodada em um apartamento fora da residência principal, nos domínios da propriedade com todo conforto, recebendo uniformes, artigos de higiene e outros berloques embelezadores.
A governanta, providenciou sua matrícula, numa escola de renome, onde estudaria à noite.
Lis, trabalhava de manhã até ao final da tarde, fazia as compras para a manutenção da casa, buscava as quitandas sempre a dar os seus" bons dias" a todos, e em pouco tempo todos perguntavam-se quem é esta mocinha linda e tão simpática? No ginásio, em breve tempo, conquistou o apreço e simpatia dos mestres e colegas nunca deixando de agradar o mais simples funcionário da escola.
Com a ajuda da boa governanta, Lis foi recebendo a educação funcional no trato com seus patrões, convidados e outras pessoas que vinham à residência.
Os patrões a remuneravam com dois salários minimos por mês, que' ela incontinenti remetia vía postal aos seus país e irmãos para a manutenção de sua pobre casa, ficando apenas com alguns trocados para seus alfinetes, o mesmo fazia com suas gratificações, e outros ganhos salariais.
Com isto, Sr. Antônio, d. Dalva e seus irmãos, economizando, puderam alugar uma casa fora da palafita onde moravam, ficando mais perto dos seus jardins onde cuidava nas casas dos outros e d. Dalva para buscar e levar as roupas que lavava. A alimentação ficou mais robusta,
roupas novas e simples puderam ir sendo adquiridas.
Lis, continuava a trabalhar, estudar e distribuir sua cativante simpatia com conversas e beijos nos idosos, crianças e visitas aos orfanatos, ajudando em festas e eventos caritativos. Ela dominava com suave cordialidade o Jardim Botânico.
Por iniciativa de d. Luci, esposa do diplomata, Lis foi matriculada em cursos de idioma e ali aproveitou para estudar bastante e inglês, francês, espanhol e outras línguas. O tempo foi passando e ela já preparava-se para o vestibular onde iria tentar o curso de Relações Internacionais, pois por influência do cargo de seus patrões, a diplomacia a fascinava.
Lis, teve a oportunidade, nesta época de voltar ao Recife, ver seus pais, irmãos e abraçar amigos, após cinco anos de saudosa ausência, mas só pôde ficar uma semana. A vida dos seus, havia melhorado com a ajuda de Deus e da sua dedicação.
Ao voltar ao Rio de Janeiro, os patrões-diplomatas, haviam sido designados como adidos culturais na embaixada do Brasil, na França. Lis, que era altamente querida por eles, pela honestidade, caráter, educação e prestimosidade, foi convidada a integrar a comitiva familiar para a Cidade-Luz.
De início, um choque, deixar a familia, seus queridos irmãos e pais mas, O Dr. Otavio seu patrão prometeu que nada lhes faltaria, que aumentaria em muito seus ganhos, para que ela pudesse ajudá-los mais e franqueando a cada seis meses sua vinda ao Brasil para "matar a saudade".
E assim foi feito ...
Lis, já em Paris, continuava no seu trabalho e Ja cativando os franceses por onde passava. Uma linda mulher já era, 1,78m de altura, esguia, cabelos ligeiramente alourados naturais. Pele alva, postura elegante e o luzidio semblante simpático. Estudava com afinco as Relações Internacionais e idiomas, que já dominava cinco, juntamente com um fluente francês.
Sua família, no Brasil, com sua ajuda e de seus patrões, conseguiram montar um plantio de flores e apetrechos para jardins em terreno alugado e o negócio prosperava. D. Dalva, sua mãe já não precisava lavar roupas. Seus irmãos já crescidos, estudavam e ajudavam aos pais. Já não havia o temor da fome, do frio e a casa já era prôpria, apesar de não muito grande. Com o que sobrava, Sr. Antônio, d. Dalva e filhos, compravam mantimentos e levavam aos amigos remanescentes na antiga palafita
A tenacidade, simpatia e espírito humanitário de Lis foi o instrumento para esta mudança, aliada à sorte, educação de berço e a imprescindível ajuda de Jesus.
Lis era religiosa, tendo Jesus como seu rumo e guia, não importando com a crença de cada um. Em Paris ela participava de cultos, quermesses e liturgias várias.
A nossa flor, sempre interessou-se pela astronomia e nas noites claras munida de um telescópio observava e estudava os astros e estrelas e por esse interesse, matriculou-se em um curso exclusivo de astronomia.
Ela, concluiu seu curso e foi diplomada em Relações Internacionais, etiqueta, falava seis idiomas, culinária, astronomía, física, química, mecânica e no aprendizado da vida. Sempre e cada vez mais polindo seu caráter, personalidade e o principal, sua sensibilidade humana.
Em uma recepção na embaixada americana em Paris, onde em um coquetel os corpos diplmáticos de vários paises
estavam despedindo de John Fritzgerald, um adido americano, muito ligado também em astronomia.
John, era moço atlético, culto, bonito, e neste coquetel, estava presente Dr. Otávio, d. Luci e Lis.
Na apresentação de John a Lis, parece que do espaço, uma mirífica luz apareceu a ambos; uma simpatia, uma força os uniu e aproximou.
Nunca mais se esqueceram! John, de volta a sua terra, telefonava ou contatava via internet para Lis diariamente e ela com vivo amor e interesse aguardava ansiosamente aquele momento diário.
Até que num dia, John veio a Paris e pediu a Lis que se fizesse sua esposa, o que foi aceito com as bênçãos de seus pais adotivos. Dr. Otávio e d. Luci Mas haveria de ter o consentimento e as bênçãos do Sr. Antônio e de d Dalva, os verdadeiros pais de nossa flor.
Vindo até Recife, John pediu oficialmente a mão de Lis.
Em dois meses, ela se despedia de Paris, dos amigos diplomatas, para casar-se com John, em Washington D.C Lá, Lis e John foram morar em um aprazível bairro numa acolhedora casa.
Mas, a astronomia e o fascínio pelas missões espaciais, tiravam o sossego de nossa flor do pântano e John, amigo e terno que era sempre a estimulava no que quizesse.
Até que um dia abriu um programa de voluntários para uma possível viagem espacial científica ao redor da terra, pela NASA.
John, consultado, incentivou a Lis que se inscrevesse e ela imediatamente o fêz via internet.
Analisado o seu currículo, pela NASA (Agência Espacial Americana), foi classificada, pela inteligência capacidade e instrução; tendo sido meses depois convidada aos treinamentos. John verdadeiro estimulador e companheiro da esposa, solicitou ao Departamento de Estado, uma licença de dois anos, para que pudesse acompanhar e ajudar Lis em seus treinamentos.
Mudaram-se para cidade de Houston, no Texas, e dedicaram-se exclusivamente ao treinamento do programa.
No Brasil, os pais da nossa bela flor, seus irmãos e amigos, tinham notícias dela sempre e neste período, John visitou-os, trazendo ajuda moral e financeira aos amigos das palafitas, uma vez que Lis e o marido fundaram uma instituição, onde arrecadavam dinheiro para ajuda aos nossos irmãos necessitados daquela área; doando remédios, alimentos, roupas, construindo escolas, postos de saúde e área de recreação, além de outras melhorias.
Em Houston, dr. Otávio e d. Luci, os brasileiros­diplomatas e pais adotivos de Lis, vieram por duas vezes, sendo amorosamente festejados
Aproxima-se o grande dia. O dia do lançamento do ônibus espacial, onde nossa "Flor do Charco" e mais cinco astronautas ouvíriam o "Ten, nine, eight, seven, six, five, four, three, two, one ... zerol
E assim aconteceu, num dia claro, belo e com perfeito sucesso, o õnibus espacial, batizado de " Flor de Lis" írrompeu ao espaço sideral, impulsionado pelos potentes motores do foguete, rasgando as poucas nuvens e entrando na órbita pré-estabelecida, iniciando sua missão.
Antes de voltar à terra, após seis dias de missão, onde Lis cumpriu sua parte, como integrante do grupo, já nas últimas voltas ao entorno da terra, ela recostou em sua poltrona e orou a Jesus e ao nosso Pai Criador, pela Paz e para todos os deserdados da terra. Degas D.C. 2003

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

MINHA PRECE





Bendito e Louvado seja o Pai Criador
Bendito e Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo,
Benditos e Louvados sejam todos os Espíritos do Senhor,

Obrigado Pai, Obrigado Jesus, pela nossa criação, por esta reencarnação, por mais um dia; obrigado pelo oxigênio e pela água, obrigado pelo alimento, obrigado pela natureza, pela fauna, pela flora e por nossos irmãos menores, obrigado pelo concurso, proteção e misericórdia e caridade da Espiritualidade Amiga, obrigado pelos amigos encarnados e desencarnados que vibram por nós nos ajudam e nos protegem, obrigado pela saúde e pelo nosso corpo (perfeito ou imperfeito), obrigado pelos nossos ascendentes e descendentes, obrigado pelo trabalho e a oportunidade dele, obrigado por tudo que nós dá para a nossa jornada terrena.

Abençoe Pai, a nossa evolução moral e espiritual com os vossos ensinamentos, que possamos aprender, apreender e praticar com carinho, amor, certeza, convicção e alegria tudo que Tens no ensinado, que não façamos mal à um irmão nem em pensamente e que possamos alcançar a tão sublime e sonhada autoridade moral; pedimos Pai, que nos dê a Vossa mansidão, o pacifismo, a resignação, a humildade, a afabilidade, a doçura, a beneficência, a benevolência, a indulgência, a paz, a fé, a esperança, a coragem e Possa nos dar ainda o equilíbrio, a harmonia, a justiça, a honestidade, a piedade, a caridade, a determinação, a persistência e a capacidade de trabalho.

Pedimos Pai, a Vossa Bênção Caridosa,

Para todos os nossos, encarnados, desencarnados, biológicos e espirituais;
Para todos os irmãos e empresas em dificuldades financeiras em especial para o irmão sem condições de dar à sua família o mínimo necessário e àquelas empresas que geram empregos e pagam impostos,

Para os nossos irmãos nas cadeias e presídios, a Vossa Paz,
Para os nossos irmãos criminosos e homicidas a Vossa Clemência e Misericórdia e bênçãos para suas vitimas,
Para os nossos irmãos (e tambem para nós) que não enxergaram os seus erros

Para nossos irmãos em aflição em corpo e espírito, aos nossos irmãos com idéias suicidas, a Vossa Paz para que isso não aconteça; aos irmãos suicidas, a Vossa Paz, Misericórdia e Perdão; aos irmãos na erraticidade sem luz, sem rumo; aos irmãos que passaram despercebidos por esta Terra, aos irmãos que estão nela despercebidos,

A Vossa ajuda, proteção, graças e bênçãos para os nossos irmãos andarilhos, mendigos e os que dormem na rua e aos que estão lutando dura e honestamente pela sobrevivência,

Pedimos Senhor Jesus, que abençoe e alivie a todos nossos irmãos doentes em qualquer situação, os que sofrem os que têm dores e doenças prolongadas, sejam nas vias publicas, nas casas, nos hospitais, nas UTIs; o irmãos que está sendo cirurgiado, com doenças crônicas ou congênitas, imóvel ou imobilizado, que perdeu membros, o irmão queimado, o terminal e o que sofre, pedindo ainda as Vossas bênçãos para os profissionais da saúde que tenha mais carinho, amor e atenção com seus pacientes;

Rogamos pelos casais em separação;
Pelos que têm problemas de drogas em suas famílias;
Pelos que sofrem ameaças e têm problemas de convivência domestica ou com outrem;

Pelas vitimas da criminalidade, das catástrofes naturais, dos acidentes, guerras, atentados e conflitos;


Pedindo ainda a Vossa Graciosa Bênção para os comandantes de navios, aviões, motoristas e seus passageiros e todos aqueles que estão correndo riscos de acidentes ou acidentados;

Ainda Senhor Jesus rogamos, pelos nossos governantes, parlamentares, judiciário, policiais e todo pessoal destas áreas para que hajam boas determinações em favor do povo, abolindo a corrupção, força desnecessária e demonstração de poder; que o nosso Brasil possa levar a ajuda aos nossos irmãos do mundo material e espiritualmente;

Pedindo por todos aqueles que desencarnaram de modo violento ou rápido;
Por todos, que diariamente estão reencarnando para nova jornada;
Por todos que fazem a verdadeira caridade individualmente ou em grupo;
Por todos os amigos que têm nos ajudado vida afora;
Por todos os sofredores...por toda a humanidade



Que assim seja...





abril de 2007


Degas D. C
QUANTA LUZ !




Bendito seja Janeiro,
E outros do anuário;
Com certeza mais faceiro,
Por duplo aniversário...


E, coincidentemente,
Setenta, se fez insigne;
Germinaram, felizmente,
EMANOEL – JACQUELINE...


“Meu filho”, no dia oito,
Fez do mundo um requinte;
E um anjo bem afoito,
Trouxe “Jack”, dia vinte...


Parabéns, aos nossos dois,
Um par que muito seduz;
Obrigado JESUS !, pois,
Pelo dilúvio de LUZ !!!...


****************************


EMANOEL LINHARES, passou para o Andar de Cima há 10 anos e de lá vela por nós.

JACQUELINE LAURENO DA SILVA, é uma simpática amigona que deverá desencarnar por volta de 2071 A D ... Parabéns minha querida !


Xis de Fora, 20 de Janeiro de 2008


Degas DC


!!
TRIBUTO À JULIA





A romana do Império,
Patrícia, da nobreza;
Cultuado, nome sério,
JULIA, rara beleza...

Com seu porte elegante,
Seu andar cadenciado;
O gesto bem galante,
O falar apreciado.

Olhares admirados,
Feminino ... masculino;
Corações apaixonados,
Belo sonho de menino...

Mas, também tem mãe bonita,
Simpatia carinhosa;
Com a alma inaudita,
De ternura amorosa...

Fica Sol envergonhado,
E a Lua vai embora;
A nada é comparado,
SEU SORRISO DE AURORA!...



JULIA, é uma simpatia de garota, filha da
Macro simpática JACKELINE LAUREANO, o
Abraço do Trovador - Degas D. C


Junho/2007
SUE



Na net, estava eu,
Procurando esperança;
De tudo que me perdeu,
Desde tempos de criança...

Sempre orando ao Alto,
Buscando profunda Graça;
Para a alma dar um salto,
Lapidando minha jaça !

Mas como “Jesus” não falha,
Ao rogo de seu irmão;
Eis que surge bela Dália,
Na concha da minha mão !

Na merencória tristeza,
Meu íntimo ufanou;
Ao ver tamanha beleza,
Que a tela me mostrou...

Um sorriso radiante,
No cândido, belo rosto;
Aquele calmo semblante,
Obra-Prima que dá gosto...

Abriu-se-lhe simpatia,
Numa palestra amável;
Iluminou o meu dia,
Antes bem desfavorável...


Moça elegante, fina,
A Persona sem igual;
Qual enfermeira divina,
Que afasta todo mal...

Muitos dissabores sofreu,
Mas proclama-se feliz !;
Do que a vida lhe deu,
Rindo dela, pede bis!...

Beijei o computador,
Agradecendo a sorte;
Tire logo minha dor,
Me fazendo sempre forte !

Quero tão belo presente,
Que o Pai dá a seu filho;
Como a canção dolente,
Sublimando seu idílio...

SUE , o prêmio do céu,
É um Anjo curador;
Maná de leite e mel,
Para este sofredor...

Quero noites serenas,
Com a gentil SUELI;
Qual dilúvio de falenas,
Que do céu vejo aqui !...


Para a formosa Sueli Gobbi, amável moça com a alcunha de SUE, uma pequena homenagem do Degas D. C. em 27-Março-2009.


Plínio Linhares
MARIA HELENA





Há de dar “Muito Obrigado”,
Pela graça concedida;
A “Jesus”, O Mestre Amado,
Da beleza recebida...

Um rosto angelical,
Olhar franco e bonito;
O sorriso sem igual,
É um todo mui bendito...

Tem o gesto elegante,
A finesse assumida;
Andar firme e galante,
Poderosa, mui contida.

Em seus olhos o amor,
Numa procura constante;
De um homem de valor,
Que mereça o bastante...

Aquele que conseguir,
Sorte magna ganhar;
E aos céus tem que sorrir,
Ao Pai, sempre agradar...

Linda Maria Helena,
Uma graça declarada;
Um milagre de pequena,
Tem a alma consumada.

É mulher pra ser sonhada,
E pedida pro “Senhor”...
É Mega Acumulada,
Que balsama nossa dor...

E quem for o felizardo,
De ganhar esta candura;
E terá um grande fardo,
Recheado de ternura...

Experiência, já sofreu,
E não foi compreendida;
Pena de quem a perdeu,
Teve sorte preterida.

“Maria Helena”, é
Um tesouro muito raro;
Chego a pagar até...
Prometido muito caro...

Que “Jesus” a abençoe,
Nessa vida de meu Deus;
E que Ele me perdoe,
Por estes desejos meus !...

Venha!, minha “Heleninha”,
Pra este coraçãozinho;
Do Plínio, queridinha!...
Faça seu sagrado ninho !!!...




Uma lembrança singela para a doce Maria Helena. Juiz de Fora, 18-Abril-2009.




Degas_ DC

(Codinome de Plínio Linhares)




(E se você não gostar,
Do agrado que lhe faço;
Muito fácil deletar,
Trovas que eu mesmo casso!!!)...
LUTANDO POR UM AMOR





A origem libanesa,
De refinada matiz;
Fala mansa com franqueza,
Simpatia, pede bis...

O andar calmo e lento,
Com o gesto delicado;
Suave frescor do vento,
Sorriso apaixonado!...

A vida pregou-lhe peça,
Da viuvez ao martírio;
Quer amar fundo...à bessa,
Procurando seu idílio...

Mas o destino cruel,
Não pos em sua vereda;
O amor que quer fiel,
Em que arde labareda...

Seu eleito, fugidio...
Por elos muito atrozes;
Foge-lhe como um rio,
Em cascatas...altas doses...

Ele quer...e lhe fascina,
Mas o medo toma tento;
Que perde ?...nem imagina,
Um amor puro e bento!...

Mas o tempo que conspira,
Bem o sei, a seu favor;
Afaga-lhe e respira...
Pensamentos de amor !...

SEU AMOR É ENFEITADO,
E JAMAIS SERÁ TOLHIDO;
NEM MINGUAR POR ENJEITADO,
NEM CRESCER POR ESCOLHIDO...



Para que minha amiga MAGDA, encontre o seu eleito, Tributo à ela.

Degas_dc


J.Fora, 10-Janeiro-2009
E ULÁLIA



2008-Novembro

É a flor do Pantanal,
Formosa, terna EULÁLIA;
É moça fenomenal,
Beleza de uma Dália...

Rosto marcante, bonito,
Corpo de adolescente;
Carismática, um mito,
O falar bem docemente...

O andar cadenciado,
A maneira elegante;
O sorriso cativado,
O olhar bem penetrante...

Em seus filhos, o seu mundo,
Seus amigos, o tesouro;
Um caráter mui profundo,
Sua vida vale ouro...

Em Jesus, sou um rogando,
Peço com muito fervor;
Atenda, Mestre Amado,
Dê-ma com muito amor !!!



Para Eulália, uma pequena e singela
Lembrança, do
Plínio Linhares
Para


ARTUR MONTENEGRO LINHARES


Uma Grinalda de Trovas




E em Nove de Novembro,
Com todo nosso afeto;
Ganhamos ilustre membro,
ARTUR, nosso caro neto.

ARTUR, nosso caro neto,
Nós temos honra subida;
Do precioso projeto,
Enriqueceu nossa vida.

Enriqueceu nossa vida,
Abrigarás em seu teto;
Os de vida dividida,
Serás sempre homem reto.

Serás sempre homem reto,
Nazaré – Aparecida;
Um espírito ereto,
Terás vida destemida.

Terás vida destemida,
Serás sempre homem reto;
Enriqueceu nossa vida,
ARTUR, nosso caro neto.


Uma singela homenagem de seus avós.



Por DEGAS D. C
2005/novembro/09

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

POSTA RESTANTE









Posta Restante

É a correspondência enviada para uma agencia de correios e lá permanece até que seja reclamada por seu destinatário. Também é o nome do lugar onde as cartas ficam guardadas.



Segundo o nosso culto e nobre lingüista AURÉLIO, Posta Restante significa a descrição acima, hoje quase não é mais utilizada, mas ainda existe, e como a mente é um poderoso dínamo de idéias, poderemos comparar com a vida de cada um de nós.

Deus, nos dá as oportunidades na vida. Cabe-nos aproveitá-las nos momentos em que elas aparecem e muitos de nós não percebemos a chegada. E o pior é o medo que nos apossa em enfrentar uma jornada nova e talvez trabalhosa, mas sobre isso que é o tema ou comparação principal, falaremos adiante; Antes porem, quem já teve a oportunidade de visitar a interna de uma Agência Postal, vai ver em todas elas, um grande escaninho, onde os abnegados carteiros fazem a separação e distribuição da correspondência a seus destinos.

Exemplificando, colocam-na por Estados e até Países e por cidades que serão via malotes enviadas por ônibus, transportadoras e até pelas empresas aéreas aos seus destinos, na maior rapidez possível para que o destinatário receba sua noticia, informe, enfim sua correspondência – faço aqui uma homenagem aos Correios que, com algumas e pequenas falhas, ainda é um serviço confiável !

Alem dos transportes usados para que a carta ou encomenda chegue ao seu destino que goza de prioridade nessa logística, os Srs. Carteiros se desdobram na entrega e até decifram endereços mal postados ou sobrescritos agarrancheados ainda sofrendo as intempéries e o ataque dos cãezinhos de guarda residenciais, quando não são abelhas ou outros ferozes animais da natureza.

Na nossa vida, de quando em quando, por merecimento ou missão, Deus coloca em nossa mente a intuição de um novo projeto pessoal ou coletivo para que possamos ajudar-nos, à nossa família, amigos ou a uma entidade, até mesmo, a condução de uma cidade, estado ou de um país. Quando ainda dá a possibilidade de o cidadão vier a ser um Juiz, Promotor, Delegado de Policia, Policial, um cargo de chefia e até um emprego onde ele lida com o público...vejam, a função de um Reitor Universitário, que a precípua tarefa é orientar a mocidade, os jovens, não só na educação profissional, mas na formação do caráter perante à sociedade e a seu próximo. O pior, que muitos se esquecem dessa divina tarefa de fazer adiantar e esclarecer ao irmão ainda em estado de atraso espiritual. Vejam por exemplo, um mal advogado, médico ou funcionário publico, preocupado apenas com seu êxito financeiro ?, ( cito advogado pois sou um deles). Que estrago faz um líder, profissional, funcionário publico ou particular quando seu caráter é duvidoso ou mau, talvez seja comparado a uma bomba de alta potencia destrutiva, no centro de uma cidade populosa. Mas para muitos, o juízo ainda não chegou.


Voltando ao escaninho dos correios. Deus coloca em nossa cabeça sob a forma de intuição, aqueles projetos para o nosso bem estar, mas vem outros espíritos menos esclarecidos, usa o seu livre-arbítrio colocando no seu escaninho um caminho fácil, alegre mas que seguindo-o seu futuro será desastroso.

Quando você recebe uma carta de um amigo, namorada ou de um desconhecido, praticamente não avalia realmente o conteúdo. Apenas julga o que seja. Se a namorada resolveu por termo na relação; Se o seu amigo lhe manda uma má noticia, ou ainda o desconhecido seja lá quem for, também lhe faz uma surpresa, boa ou má . O que resta então é avaliar a noticia e agir conforme o bom senso e decidindo que, aquilo que não me faz bem, não farei para que o outro sofra.

Quando a pessoa que não recebe uma noticia de um parente ou amigo há muito tempo, pois não tem um endereço certo ou de difícil acesso para o carteiro, como nas propriedades rurais, vai-se então à divisão das Postas Restantes no Correio e pergunta após a identificação, se há alguma coisa para ele. Não tendo idéia da noticia que está dentro daquele tão esperado envelope. O mesmo se dá quando nos vem a oportunidade, perguntamos a nós mesmos :- Será que é boa ou ruim ? Devo intentar a empreitada ? Muitos tentam, lutam e são exitosos. Outros tentam, perdem e se levantam novamente. Aqueles outros tentam, caem e ficam na fossa perdendo a razão de viver.


Na nossa Posta Restante, acontece o mesmo, de quando em vez, Deus intui, faça isso, faça aquilo ou também não o faça. Mas ajuda na jornada que estas experimentando. Ainda quantas boas noticias estão na nossa Posta Restante e não a aproveitamos. E ainda, quantas, pela Bondade Divina deixamos lá sem procurá-las, pois seria desastroso em nossa vida ou não.

Na minha vivencia, (pois fui promovido a idoso no ano passado), observo duas coisas boas e altamente perigosas em nossa jornada terrena:- O Livre Arbítrio e o Dinheiro. O primeiro, nascemos com ele, que poderá nos ajudar se bem escolhido ou devastar-nos se intentamos o mau caminho. E o Dinheiro ? Difícil de ganhar, perdemos mais de oitenta por cento em nossas vidas correndo para obtê-lo, aí vem o Livre Arbítrio de novo. Bem usado o vil metal – muito bom . Mau usado, prejudica ao próximo, faz a infelicidade de muitas pessoas e dá cadeia em certos casos. Estou no Brasil ??? Felizmente, pois adoro este País e ele ainda chega lá .



DEGAS d.c. em 11-Agosto-2009.
OS MARIAS-FUMAÇA



Quem não conhece, admira e tem saudades das charmosas Marias-Fumaça ? Pena que estão escassas em nossas estradas de ferro que, antes cortavam quase
todo este nosso Brasil, principalmente no sul e na nossa região sudeste.

Quantas e quantas vezes viajei numa delas, de minha cidade até a algumas próximas, sentindo aquele cheirinho de lenha queimada e depois do carvão próprio para sua movimentação e não raro vinha pelo ar aquela brasinha que queimava nossas camisas e calças pois viajávamos com a janela aberta para sentirmos o ar fresco e ver melhor a magnífica paisagem.

Tempo bom! Tempo saudoso que será difícil voltar novamente, pois hoje temos as locomotivas à diesel e não mais as valentes à vapor com seus finos apitos:- piuí...piuí..., tão bonitos e conhecidos.

Em nossa região, parece que só temos uma em funcionamento, entre São João Del Rei e Tiradentes, numa distancia de apenas 12 kilometros.

Elas se compunham da maquina à vapor, um vagão que carregava a lenha ou o carvão e arrastava um carro primeira classe para passageiros e outro, segunda classe, com a passagem quase a metade do preço do primeiro...no de primeira classe, tínhamos as poltronas almofadadas e os bancos eram reversíveis caso o passageiro quisesse conversar com o outro e no caso da segunda classe os bancos eram de madeiras e duros mas, todos os carros simpáticos e formosos; quando eram de passageiros apenas, eram chamados “expressos”, quando atraz dos carros de passageiros ainda arrastavam vagões de carga, eram chamados de “mistos”, mas de uma graça sem par.

E o trajeto de uma Maria- Fumaça ? Saia de uma estação com seu vagão cheio de “combustível” e era obrigada a seguir o caminho de ferro que lhe dá a direção, parava de quando em vez no meio do caminho ou na próxima estação para abastecer a caldeira com água, necessária com o fogo, para produzir o vapor que gerava a propulsão e nas estações deixar e recolher os “ guapos” passageiros, que altivos, embarcavam e desembarcavam altaneiramente.

Mas prestemos atenção num detalhe interessantíssimo, ela seguia o mesmo trajeto, as mesmas estações, as paradas sempre nos lugares determinados e numa velocidade média com chuva ou com sol, apitando nas travessias e curvas previamente determinadas e tendo como expectadores os trabalhadores rurais que paravam a capina para ver a linda Maria-Fumaça..., as donas de casa que moravam próximo a via férrea, interrompendo a feitura do almoço ou a lavagem de roupa para ver no céu aquele caminho de fumaça que para traz a “bichona” deixava. Era uma festa, um cotidiano e comum, mas um acontecimento digno de se ver diuturnamente.


Poderemos então, fazer uma analogia da Maria-Fumaça com pessoas, especificamente como o titulo que nomeamos “Os Marias-Fumaça” ? Posso estar até errado, sendo petulante ou metido a perfeito, mas eu achei a analogia interessante, vejamos.

Primeiramente, quem vos escreve é uma das pessoas mais defeituosas que eu mesmo conheço e classifico, com uma vantagem que, está procurando corrigir defeitos e se melhorar.

Uma das coisas e ações que mais agrada a Deus nosso Pai, é a Caridade e o Amor ao próximo e temos noticias de pessoas completamente desprovidas de recursos financeiros. que procuram entidades caritativas, oferecendo seu trabalho para ajudar no que for (lavando banheiros de ancianatos, orfanatos, ajudando na cozinha, lavando roupas dos internos e outros serviços quaisquer) outros, não podendo fazer isso, vão visitar asilos, hospitais, consolando doentes e falando da esperança que um dia poderá vir, ainda nada disso podendo fazer, simplesmente oram em favor do próximo seja por uma doença acometida, por um desespero ou um óbito, consolando o espírito do falecido e dos que ficaram na viuvez ou na orfandade.
Vemos também, pessoas bem de vida, possuindo imóveis, dinheiro guardado pelo trabalho ou por herança, enfim, tendo o bastante para viver e para supérfluos se quiserem. Têm aquela vidinha que levantando sempre na mesma hora, tomam seu suculento café da manhã, vestem aquela roupa sem um amarrotado, geralmente de quando em vez, almoçam num mesmo restaurante de renome, desviam de mendigos, não freqüentam ou não passam em lugares que podem aborrece-los, enfim nada fazem o que poderia ofuscar sua visão do melhor; nunca, ou pouco oferecem uma esmola, raramente contribuem com alguma entidade, simplesmente vivendo a “sua” vida junto aos seus e sem mais ninguém; toda cidade possui este tipo de pessoa, mas convenhamos que a nossa querida e amada Juiz de Fora é pródiga destes cidadãos; trazem na bagagem nomes centenários, tradicionais e que importantes foram para a cidade pois, os antepassados fizeram alem da caridade, uma contribuição desenvolta para o progresso desta cidade e região.

Mas o que houve com esses herdeiros ? Hoje já cidadãos com idade madura ou avançada, mas ainda com toda saúde que poderiam fazer “alguma coisa” em beneficio do próximo e o pior, não se misturam com classes menos favorecidas à exemplo das “castas indianas”.
Então está aí a analogia...saem de casa como a Maria Fumaça, param em determinado lugar ou grupinho, tomam seu café ou água em algum lugar refinado, encontram com amigos também ditos refinados, vão para o seu lauto almoço, vêm sua televisão de boa qualidade, talvez uma sesta, o passeio pela Halfeld a tarde, o café novamente, o jantar, a TV e a macia cama para o descanso merecido; a Maria-Fumaça faz isso também..., todo santo dia, só que ela carrega beleza, ajuda aos passageiros, mostra e dá alegrias a quem a vê...e Os Marias-Fumaça ?, AH !...deixa pra lá ...



DEGAS d.c. em 10-Agosto-2009
CÃO PEREGRINO







No centrão de Minas Gerais, bem próximo à região do Serro, onde se produz o verdadeiro queijo mineiro curado, saboroso e disputado hoje até no exterior que, com o puro café produzido na região, faz-se o melhor lanche do mundo, hora esperada pela manhã, tarde e noite, como as melhores no correr do dia.

Uma propriedade pequena e bem cuidada, de um lado uma serrania de imponentes e anômalas ondulações e do outro uma pradaria imensa onde o vento corre solto e selvagem, dobrando o capim alto, igualando a uma “ola” nas arquibancadas dos estádios de futebol, pelas torcidas que vibram com a boa atuação de seus times; só encontrando paradeiro quando encontra as montanhas. Um espetáculo digno de filmagem, principalmente no pôr do sol quando as arvores e o capinzal ficam multicolores, aumentando a beleza; o capim gordura e o reflexo do raios solares nas pedras das montanhas e destas de volta para a relva. Um espetáculo de um belo arco iris sem ter caído um pingo de chuva. A paisagem é um quadro sumamente bem pintado em óleo sobre tela e as medianas e negras montanhas, a moldura.

Uma bela casa, estilo campestre, avarandada em todo o seu entorno, cortinas de chita soltas ao vento , varias redes para descanso e sofás toscos com almofadas de capim, para o descanso após a labuta. Na parte de traz, vê-se a comprida chaminé que nunca fica de férias, começando antes do sol nascer e descansando somente algumas horas no final da madrugada. Habitada por uma família compondo, os avós já idosos, mas sadios, o casal de meia idade e os três netos adolescentes Bárbara, Rodrigo e Juliana (gêmeos) que são os operadores da propriedade, filhos da bela descendente do casal Márcia Maria, divorciada há um ano e pouco. Uma bela horta, um belíssimo pomar, a galinhada caipira pelo terreiro, os cabritos pulando, a cachorrada de estimação e a meia dúzia de boas vacas que fornecem o leite para o consumo e para o famoso queijo do Serro. Aliado a tudo isto, a plantação de arroz, feijão, milho; o chiqueiro com belos espécimes e tudo mais que a pequena propriedade consome. Enfim... Um paraíso na Terra...
.

Seu Jaci costumeiramente, com seu belo cavalo amarronzado e com uma estrela natural na testa, de nome Volga, fazia o percurso pelos limites e interior da propriedade, verificando se tudo estava bem ou se existia alguma cerca caída ou outra irregularidade qualquer; conhecia cada centímetro daquela posse e amava cada milímetro dela cuidando, embelezando, pintando, reformando enfim não deixando nada a desfigurar aquele recanto sagrado.

Numa tarde quente de verão, nestas cavalgadas de trabalho, ao passar por uma grande moita de capim sempre-verde, viu qualquer coisa se mexendo, calculando que seria algum bicho do mato, apeou do seu Volga e sorrateiramente valendo-se de um pedaço de pau, foi ver o que era; abrindo devagarinho a moita, lá estava um linda cadela de cor amarelada salpicada por manchas brancas e pretas e um caudal tipo bandeira; muito gordinha e já nos dias de dar de presente ao mundo suas crias. Mansa, simpática, docilíssima, recebeu sem nenhum susto os chamamentos e afagos de Seu Jaci, parecendo estar faminta e sem forças para procurar alimento, vez que, realmente estava a algumas horas de parir os pequenos filhos de Deus. Seu Jaci, amante dos animais e condoído do seu estado, a seu modo, fez com que ela viesse acompanhando-o de volta à sua casa. Vinha ela andando pesadamente, rebolando num típico andar das grávidas, como uma pequena nau à deriva num mar agitado...


Chegando em casa sua esposa, a simpática D. Bárbara, surpresa ficou com aquela visita, que necessitava de tantos e especiais cuidados; logo colocando leite numa vasilha para a parturiente e uma cesta grande perto do fogão de lenha, para que ela se sentisse confortável e segura. Foi uma festa geral, à medida da chegada dos componentes da casa, apostando cada um, quantos filhotes nasceriam e quantos seriam machos ou fêmeas, à cada vinda a cozinha a cadela recebia um afago carinhoso. Virou a rainha da casa, também parecia sorrir cada vez que um aparecia.

O pessoal da casa invariavelmente levantava-se por volta das 04:30 todos os dias e na segunda madrugada da chegada da ilustre visita, já depararam com a mesma abanando o rabo, “sorrindo” e com os sadios filhotes, ao todo quatro, sendo duas “meninas” e dois “meninos”, com os olhos ainda fechados, mas já cuidando da vida e agarrados inclusive com ajuda das patinhas nas generosas tetas maternas que retribuíam com o abundante néctar da vida.

O tempo vai passando e os cinco personagens se instalaram como os príncipes e a mãe como a rainha, absolutos, daquele reino doméstico. À medida do crescimento, os filhotes pareciam “meninos levados” a saltitarem dentro da casa e pelo terreiro afora, correndo atrás das galinhas, pombas e passarinhos, querendo voar tambem, pelo menos é o que parecia. A linda cadela foi renomeada de Nina e os filhotes foram doados a parentes e amigos que com eles se encantaram; menos um.


Este que ficou, foi o primeiro a sair da cesta maternal, a abrir os olhinhos, a dar os seus finos latidos e a morder carinhosamente nas barras de saias e calças do pessoal da casa, era o “fofinho”, de cor amarelina com ondas brancas ao correr do corpo e também cauda embandeirada como o de sua mãe. Deram-lhe o nome de ‘DICK’.


De inicio, Dick, ficava mais dentro de casa e no terreiro, interessando-se por tudo, numa vivacidade impressionante e mais curioso ainda, interpretando símbolos e sons, como uma pessoa humana fôra; latindo a tudo aquilo que desconhecia ou achava estranho. Dessa forma, adquiriu a admiração do pessoal, pois a cada alerta dele, sabia-se que algo estranho estava acontecendo. Dick foi crescendo e demonstrava cada dia mais, perspicácia e inteligência, afabilidade e doçura, coragem e intrepidez; tirava seus cochilos pela manhã e após o almoço e ao resto do dia e principalmente à noite, era o guardião da propriedade e de seus donos.


Dick era de uma inquietação sem par, quando notava que tudo estava bem na propriedade, visitava as chácaras vizinhas, fazendo o mesmo papel de guardião e já com intimidade com os donos das mesmas, onde era muito querido por todos e invariavelmente ganhava afagos e geralmente um suculento osso para roer. Diversas vezes, a intervenção do Dick em alguns episódios, valeram-lhe admirações, elogios e o respeito do povo da região. Uma vez seu Jaci havia amarrado o cavalo em uma árvore para verificar uma mina d’agua, como sempre Dick ia na frente como que, fazendo o papel de “batedor”, abrindo o caminho para seu querido dono; estando a uns 10 metros de distancia à frente, em saltos de ataque e recuos defensivos afastou uma cobra de espécie venenosa que fatalmente iria ameaçar a integridade física de seu dono.

Noutra feita, havendo um baile numa chácara vizinha, o jovem Rodrigo, neto de seu Jaci, tendo sido convidado e de volta para casa, lá pelas duas horas da madrugada, passando por um bosque, com o Dick como seu batedor, viu o mesmo adentrar na matinha e minutos depois ouviu grunhidos, latidos e a sensação de uma luta feroz; assustado, Rodrigo acendeu a lanterna e esperou um pouco, meio amedrontado, apareceu o Dick arranhado e com manchas de sangue pelo corpo, arfante, mas ostentando aquela doçura peculiar, abanando a cauda para seu amigo. No outro dia, Rodrigo voltou ao local e vasculhou para ver o que tinha acontecido e vê um cachorro do mato morto e não foi difícil denotar a marca dos dentes do Dick, na jugular da fera.


Outra vez, Dick dormitava na varanda da casa e neste dia havia visitas de amigos da família e dentre os visitantes estava uma criancinha de aproximadamente um ano que “engatinhava” pela varanda sem que seus tutores e pagens houvessem notado. O menininho, insistia em sair da varanda e ir ao terreiro com a atenção chamada pelos bichos domésticos, que o encantava ; Dick notando o perigo encostou a cabeça no corpinho do bebê e o empurrava de volta para a varanda, o bebê por sua vez insistia em descer e dava tapas na cabeça do Dick, que carinhosamente resistia e não deixava que o menininho saísse do lugar, até que uma pessoa recolheu o nenê e afagou a cabeça deste cão maravilhoso.

Toda tarde, seu Jaci, recolhia o gado para o curral, galinhas ao galinheiro e os outros animais para o pernoite; toda tarde a mesma rotina, com chuva ou com sol, era e é, uma sagrada “mesma coisa”. Dick, foi observando e dentro de pouco tempo, já ajudava seu dono a fazer a tarefa e aos poucos, quando Seu Jaci ia fazer o serviço, Dick já o tinha feito, só faltando fechar as portas e porteiras, isso, “ ele ainda não sabia fazer”... Nas horas de sua “folga” e nos seus passeios às outras chácaras, oferecia a mesma ajuda aos vizinhos que, ficavam encantados com o cão que peregrinava por cinco a seis propriedades diuturnamente, ajudando e alertando no que podia e via.

Quantos gambás afugentou dos galinheiros pela noite afora naquelas propriedades circunvizinhas, feriu e, esta nunca mais voltou, uma raposa que de quando em vez , vinha saborear uma galinha caipira; com seus latidos e saltos, afugentou vários gaviões-carcará à cata de filhotes dos galináceos. Cobras foram inúmeras, por duas vezes picado por elas, sendo uma venenosa, tendo até que tomar uma anti-rábica. Gado perdido era localizado por ele em pouco tempo, fazendo o mesmo em favor dos vizinhos que vinham pedir ajuda ao Sr. Jaci no empréstimo do Dick, para tal tarefa. Tantas e quantas vezes via-se aquele “cão peregrino”, em cima de um galho de uma árvore, auscultando perigos através seu faro e visão privilegiados. Para ele não tinha hora nem distancia, qualquer barulho pela madrugada. na vizinhança, lá ia a toda velocidade como um enxerido, para averiguar e entrar em ação, se necessário fosse, sem dar um latido, para ninguém ser acordado, se não houvesse perigo iminente.


Naquela casa não se deitava sem saber onde o Dick estava; Se si atrasava, podia-se deduzir que uma boa ação estava sendo executada.

Mas tudo que é bom dura pouco, ou o tempo passa muito depressa.. em uma tarde seu Jaci foi a cidade fazer umas compras e costumeiramente, Dick pulava na caçamba da camionete e ia junto. Chegando, enquanto seu dono fazia as compras, ele permaneceu dormitando no veiculo, vigiando as mercadorias já depositadas na carroceria. Segundo contam, uma outra camionete parou em paralelo, o desconhecido, jogou um spray em Dick que ficou atordoado na hora, levando a mercadoria e a ele também. Viram esta camionete pela cidade e dizem que a placa indicava uma cidade longinqua e desconhecida.

Não precisamos dizer da tristeza que assomou a família, das lágrimas vertidas, da falta que este divino filho do Criador fez e faz a todos da região, de sua simpatia, prestimosidade e segurança que oferecia pela sua peregrinação incansável.

Onde andará Dick ? Que com ele aconteceu ? Estaria bem ? Não ! Se bem estivesse, qualquer que fosse a distancia ele teria voltado, mesmo trôpego e cambaleante.

Uma pena: Não ter deixado um descendente !

Uma certeza: Se um animal tem alma, mesmo que seja atrasada ou imperfeita, esta estará no Céu, ainda fazendo o bem a quantos encontre...


PLINIO COUTINHO LINHARES

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O SORRISO DO ASTOLFO




Alguns anos antes do inicio da Segunda Grande Guerra, no interior da Alemanha, na zona rural de uma pequena cidade, um senhor de aproximadamente 60 anos de idade trabalhava em uma propriedade rural de sua família, que distava uns 3 kilometros do centro urbano.

Diariamente, pela manhã para lá se dirigia, bem cedo, para os labores rurais, retornando para sua casa por volta das 17:00; passava por uma estradinha de uso comum que cortava a propriedade de Her Müller (Senhor Müller), um homem alto, magro sisudo e de poucas palavras... que não tinha o costume de cumprimentar a ninguém e mesmo de responder aos cumprimentos a ele dirigidos.

Mas o Sr. Jacob, que o encontrava diariamente, sorria e dizia para ele:- Bom dia, Sr. Muller. Boa Tarde, Sr. Müller... acostumado a não receber de volta sequer um aceno de cabeça mas, tinha educação de berço e assim o fazia sempre...

O Sr. Müller era um apaixonado pela causa Nacional Socialista, movimento este que crescia vertiginosamente dentro da Alemanha, a Alemanha Nazista. Filiou-se ao partido e era um dos assíduos colaboradores do movimente e alto admirador do Führer (chefe) Adolf Hitler a quem tinha e pelo partido uma obediência canina. Uma razão maior para não responder nem intimamente os cumprimentos diários do Sr. Jacob, apesar de alemão, era descendente direto dos judeus, que já eram as pré-vitimas dos objetivos assassinos do nazismo.

No intimo, lá no intimo mesmo, simpatizava com o Sr. Jacob, pela figura simpática e doce que ele era, pessoa calma, agradável e querido por todos, mas nem de longe ousava externar esse sentimento de simpatia que anelava intimamente.

O movimento de simpatia e agregamento ao Partido Nacional Socialista (Nazismo) crescia em uma progressão geométrica dentro da Alemanha e todos aqueles que se mostravam ferrenhos admiradores eram convocados para assumirem postos de comandos na área civil ou militar, sempre de mando ou comando sobre os cidadãos comuns e o Sr. Müller foi designado como chefe de um destacamento local de caça e prisão aos judeus que habitavam àquela região, com uma autoridade quase sem limites, inclusive quem ia ou não ser enviados aos campos de concentração e após “escolha” ( julgamento sumário) para os fornos crematórios.

Sr. Jacob, por prevenção e medo, fez com que sua esposa, filhos, netos, enfim toda sua família saísse do país aos poucos, antevendo uma grande tragédia que acabou acontecendo. Ficou sozinho mais para despistar e tomar conta daquilo quem nem sabia se seria seu mais, mas ficou e sempre quando encontrava, cumprimentava ao Sr. Müller, que já usava uniforme nazista com o famoso monóculo e a varinha, característica do mando. Passado alguns meses o Sr. Jacob foi tambem preso e submetido a vários interrogatórios, que os nazistas tentavam obter a informação do paradeiro de outros judeus e principalmente onde sua família tinha ido, antes é claro do confisco de todos os bens pertencentes aos judeus. Sr. Jacob foi enviado a um campo de concentração e trabalhava nas estradas de rodagem nos arredores de sua cidade.

Por ordem do Alto Comando Nazista, chegou a determinação para que todos os judeus, com saúde debilitada e os com mais de 60 anos, fossem invariavelmente enviados aos fornos crematórios, vez que já não estariam aptos para o trabalho de servidão a que eram submetidos.

Formavam-se filas de judeus maltrapilhos, magros, sujos e desnutridos. De frente para esta fila, ficava o Sr. Müller com a inseparável varinha, que com ela dava os sinais que os soldados obedeciam: se para esquerda, os soldados já encaminhavam aos fornos; se para a direita (e pouquíssimas vezes isto acontecia) o preso era levado de volta às dependências do campo de concentração, continuando na escravidão costumeira.
Num desses dias e numa destas filas estavam o Sr. Jacob a caminho do fim e o Sr. Müller no comando e como juiz supremo, com o poder total de decidir sobre a vida e a morte daquelas pessoas e assim fazia, como se fosse um deus.

O momento pra o Sr. Jacob se aproximava, suava frio e tinha as pernas e braços tremendo à vista turva pelo medo (Camões, nos Lusíadas escreveu:- QUE DA TENSÃO DANADA, NASCE O MEDO...) e nenhum deles sabia do outro, naquele momento... Chegou a vez do Sr. Jacob. O Sr. Müller teve momentos de indecisão e, por alguns segundos, lembrou-se dos cumprimentos, sorrisos simpáticos e diários de sua vitima e por isso a ponta de bondade que existia em seu coração fez com que a varinha do mando voltasse para a direita, salvando então o Sr. Jacob da morte certa e inexorável. Sr. Jacob sobrexistiu à guerra (não se sabe como) e o Sr. Muller, também.

Esta foi uma estória real...

Esta a seguir, também é uma estória real...


Todavia, Astolfo Olegário de Oliveira era o seu nome ou Astolfo Basílio, pois seu pai chamava-se José Basílio de Oliveira. Foi depositário de fumos em corda e um dos maiores, tinha empresa de transportes rodoviários e inúmeras propriedades na cidade. Muitos filhos. Foi casado em primeiras núpcias com D. Anita Borela de Oliveira, mulher de extraordinário valor e sensibilidade, ambos professavam a Doutrina Espírita, sendo ela um médium de quase todas as aptidões, com um sentimento de caridade sem par; ele tinha uma das melhores e maiores bibliotecas da cidade, leitor assíduo e um orador de extrema cultura, que “conversava” com a platéia, fazendo com que todos entendessem o que falava, com aquela clareza de quem se bate um papo. Seus filhos seguiram o mesmo destino. Dá gosto vê-los pronunciar uma palestra, seja espírita ou não.

Sr. Astolfo era um homem de tez morena, encorpado, quase gordo, que admirava a boa mesa e não tirava o seu cigarro de palha da boca, feito de fumo forte e dando aquelas baforadas substanciais, não era bonito nem feio, mas tinha uma simpatia e um sorriso que cativava... era um sorriso aberto onde mostrava todos os dentes e, quando o fazia, seu rosto todo sorria e em seguida vinha aquele papo inteligente que não dava vontade de sair de perto, mesmo quando o horário de trabalho estava apertado.

Foi o primeiro patrão de meu pai, que o contratou como vendedor de fumos em corda para o interior do estado de São Paulo, fazendo com que meu pai adquirisse experiência, amadurecimento e fizesse o seu pé de meia para uma vida de sucesso até certa época da vida.

Nas décadas anteriores a 1960, os mais velhos ou idosos não tinham pelo menos, aparentemente uma atenção especial pelos mais jovens; eram sisudos e, ai de nós jovens, que desrespeitassem ou não fossem respeitosos com um mais velho. Ai de nós...quando conversavam, tínhamos que ficar de bico calado, só entrando na conversa, quando convidados ou perguntados sobre alguma questão.

Lembro-me, uma vez, em minha adolescência, um senhor brincou comigo na rua e, não sei por qual motivo, não fui simpático com ele, não o respondi mal, apenas fui indiferente. Quando em casa fui chegando, este mesmo senhor estava conversando com meu pai. Entrei e meu pai chegou em seguida, e me passou o maior sermão quanto à respeitabilidade com os mais velhos. Era assim a educação e. assim, deveria continuar.

Voltando ao Sr. Astolfo, ele foi vereador, por duas vezes, em nossa cidade, que é Astolfo Dutra, antigo Porto de Santo Antonio que fica na Zona da Mata Mineira, tendo como comarca a cidade de Cataguases-MG. Com o falecimento de sua esposa, D. Anita os inúmeros filhos a estudar e alguns problemas comerciais, ele foi vendendo os imóveis que possuía e, com o tempo, só ficou com a sua residência... os filhos foram casando, cada um trabalhando e ajudando como podia. Já idoso, ele contraíu uma forte diabetes que acabou levando-o ao óbito em 1975. Lamento profundamente não ter podido comparecer ao seu sepultamento, para pronunciar poucas palavras de agradecimento pela sua cordialidade com todos e particularmente comigo.

No final da década de 50, eu ajudava meu pai em sua indústria de fumos, em todos os setores, principalmente nas vendas e entregas pela cidade e região; possuía uma lambreta e quase todo dia passava em frente à casa do Sr. Astolfo e lá estava ele debruçado no umbral da varanda, já doente, com seu inseparável cigarro de palha e sorrindo para quem passasse. O meu sorriso (dele) estava guardado sempre e isso me alegrava sobremaneira, vez que poucos idosos faziam isto a um rapaz de 16 anos... Um filho dele foi meu colega de ginásio e 3 dos mais velhos meus professores, que herdaram o bom sorriso, também simpático mas, faltavam um “quê” do Sorriso do Astolfo...

Hoje, tenho 63 anos, sou pai de 5 filhos e tenho 4 lindos netos e gostaria de ter para com todos, aquele sorriso, que nele incluíam varias virtudes como, compreensão, amabilidade, ternura e muitas outras que conforme a ocasião significam coisas diferentes e alentadoras.

Tenho muita saudade daquele sorriso. São poucas, às vezes, em minha vida que recebi um tão simpático e compreensivo gesto.

Quando saio à rua e sinto-me naquele dia meio deslocado ou mal humorado, lembro-me do Sr. Astolfo e vou começando a sorrir para um, para outro, enfocando os mais jovens como ele fazia e também aos mais idosos para que façam como o nosso Astolfo.

Em minha vida, em seus diversos aspectos, imitei aquele sorriso e quantas e quantas portas se abriram para mim, quantas discórdias terminaram antes de começar por causa do sorriso que dei, mesmo nas horas mais quentes e tumultuadas; lembrava-me do Sr. Astolfo e o imitava.


Gostaria de ser espontâneo como ele. Mas estou tentando e sabem, estou aprendendo sempre . Querem saber mais, é gostoso sorrir, principalmente para quem precisa de um agrado, para quem está triste ou aborrecido, faz bem a gente e aos outros porque tonifica a mente e a alma.


Que este Mundo gere mais Astolfos por aí, com aquele inconfundível sorriso e suas agradáveis e cultas palestras.

Olhem - isto aconteceu há quase 50 anos e até hoje sinto saudades destes tempos. Muito obrigado mesmo, Sr. Astolfo !



PLINIO COUTINHO LINHARES


Abril de 2007

quarta-feira, 12 de agosto de 2009