O CRISTO CONSOLADOR
O JUGO LEVE
Vinde a mim, todos que andais em sofrimento e vos achais carregados, Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo e suave e o meu fardo é leve. (Mateus XI-28-30)
No inicio da década de 40, tia Cândida, conhecida como “Candota”, alcunha carinhosa dos irmãos, havia se consorciado com o jovem Newton; ela do lar e membro de numerosa família, como ele também e tinha como profissão: protético.
Moravam em uma cidade pequena onde haviam poucos clientes e as chances de crescimento econômico eram mínimas, mesmo a longo prazo. Mormente, que ambos almejavam uma vida melhor e o mais rapidamente possível; desejavam filhos, com educação esmerada, casa própria, o remoto mas possível sonho de um veiculo para família.
Juntaram todos os poucos pertences e economias existentes, venderam, apuraram o que foi possível e se mudaram para a Capital Federal na época, o Rio de Janeiro, alugando uma casa grande no bairro de Ramos, onde Newton, alem da residência, faria funcionar o seu consultório de próteses dentárias. Era uma casa ampla, com jardim e quintal e numa rua calma e aprazível de boa vizinhança, que hoje não tem mais o nome de Rua IV de Novembro. Ocorre que com o passar do tempo, notaram que naquele bairro não teriam um sucesso profissional tão rápido como esperavam, pois havia poucos clientes.
Além do aperto financeiro, com alugueis e despesas pessoais o casal foi brindado com o nascimento de uma menina, batizada de RENAN e Newton querendo melhorar rapidamente a situação, principalmente pelo nascimento da filha, alugou uma sala no centro do Rio onde esperava aumentar o numero de clientes e com isso melhorar a renda. E isso se confirmou com o passar do tempo mas, do bairro de Ramos até ao centro da cidade, ele tinha duas opções: ir de lotação que lhe custaria mais caro ou de bonde mais barato, porem mais demorado de forma que a segunda opção foi a escolhida. Como o dinheiro era curtíssimo, ele levava o dinheiro da passagem e o almoço na marmita para economizar o
máximo.
Iam levando a vida, melhorando de degrau em degrau, porem a filha Renan adoeceu e com isto vieram gastos extras com médicos, remédios e internações.
Apertaram o cinto de uma forma drástica, para manter aquela situação. Newton, nunca teve o hábito de jogar, jogos de nenhuma espécie; certo dia havia recebido de um cliente um dinheiro antecipado para fazer uma dentadura, mas teria que comprar os materiais para a feitura da prótese; chegando no centro da cidade, viu uma casa onde se realizava jogos de bicho clandestinamente; um impulso, vindo do Alto, bolou uns números e jogou todo dinheiro naquela aposta. Bem, ficou sem dinheiro até para voltar para casa . Que diria ao cliente e a Candota ? Passou por um dia terrível, pensando na besteira que havia feito, pois no ímpeto de jogar, pensou nos gastos e no bem estar da filha enferma, sua cabeça dava voltas, pois as chances de ganhar seriam mínimas.
O jogo do bicho sempre foi proibido pelas leis brasileiras, principalmente naquela época em que a policia dava duro em cima dos contraventores, até o apostador fraglado iria preso; os resultados das apostas eram divulgados às l8:00 e furtivamente colados em papel manuscrito nos postes de iluminação; a hora para o Newton não chegava de tanta aflição . Saiu tremendo do consultório e foi conferir o resultado: Surpresa ! Toda a sua aposta havia sido PREMIADA, como se diz , do primeiro ao quinto. Imediatamente foi ao local em que havia jogado e apresentou o talãozinho (sem identificação), um sujeito mal encarado, pediu que ele esperasse um pouco e depois de algum tempo voltou com um pacotão de dinheiro e o pagou- Newton, era magro e muito alto, andava sempre de terno (costume da época) e usava chapéu côco. Foi colocando dinheiro em todos os bolsos e como não coube, encheu o chapéu e enterrou-o na cabeça; alugou um táxi (na época chamado de carro de praça) e rumou para casa. Sua esposa Candota, já na calçada em frente de casa ansiosamente esperava , vez que já passava da hora que normalmente chegava e ansiosa pela filha doente que precisava de uns remédios encomendados.
Quando ela viu que Newton chegava de carro de praça, achou um verdadeiro absurdo vez que eles estavam praticamente sem dinheiro e, aquela atitude era descabida, pois custava caro; quando ela esboçou uma reação, ele pediu que se contivesse, pagou ao chofer e adentraram à casa. Foi tirando dinheiro dos bolsos e jogando em cima da cama, ela com os olhos esbugalhados a perguntar: Você assaltou alguem?...Ele explicou o que havia acontecido.
Resumindo, o dinheiro deu para comprar a casa onde moravam, o consultório no centro da cidade, um carro usado em bom estado e sobrou para uma poupança, além de um tratamento caro na filha Renan, que infelizmente um ano e pouco mais tarde veio a falecer (Vontade do CRIADOR)
Vejam meus amigos, como o casal e a própria filha foram consolados com um conforto e o tratamento adequados ! Diz ditado popular: Que Deus faz o certo por linhas tortas. CRISTO SEMPRE CONSOLA, DE UMA FORMA OU DE OUTRA.
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Vladimir, é um homem de 54 anos, na época do inicio dos acontecimentos que narraremos, já foi industrial e comerciante, filho unico , é advogado pouco militante, alegre, otimista, brincalhão, amoroso, gosta de agradar e fazer as pessoas rirem. Casou-se muito cedo e os filhos vieram em escadinha, sua esposa foi uma grande mãe, zelosa com a casa e seus compromissos, mas depois de um longo matrimônio, o casamento se desfez.
Ele lutou muito em seus negócios, percalços, dificuldades de toda ordem, mas conseguiu criar e encaminhar os filhos, principalmente no fator principal da lisura e honestidade; hoje eles já estão criando seus filhos e com suas vidas financeiras caminhando muito bem. Vive em Juiz de Fora-MG., com sua mãe já idosa, mas de boa saúde. Teve após a separação uma convivência por uns tempos com uma jovem senhora, que durou uns cinco anos, desfazendo também esse enlace, por motivos alheios à vontade de ambos.
Vladimir e sua mãe, após a morte de seu pai, mudaram-se para um bairro próximo ao centro, depois de muitos anos morando no centro da cidade. Essa mudança deu-se exatamente no dia 02 de Janeiro de l999; procurando conhecer os habitantes do bairro, começou a cumprimenta-los, apresentar-se, colocar-se à disposição dos novos conhecidos, etc.
Pouco antes da mudança para este bairro, Vladimir havia perdido um dos seus 05 filhos, vitima de uma doença crônica e isso o entristeceu sobremaneira, onde o choro, vinha ainda constantemente a noite, quando acordava madrugada afora e nada tirava a lembrança do filho amado; afora os problemas financeiros por que estava passando, além da saúde meio abalada que meses depois culminaria com um pequeno infarto e uns anos depois um diabetes brando.Mesmo brincalhão e com bom ânimo de vida, ele estava vivendo tristemente.
Poucas coisas o faziam alegre, ou quase nada, a não ser uma cervejinha á tarde para passar o tempo e faze-lo dormir mais rapidamente.
O inverno de l999, foi muito rigoroso e naquele bairro, parecia que a sensação térmica era mais acentuada. Numa manhã de sábado, apesar do frio, o dia estava aberto e o sol brilhava lindamente, por volta das 10:00 da manhã, haviam muitos moradores esquentando sol como dizem por aí e Vladimir juntou-se a eles para fazer o mesmo, depois de um banho caprichado e reconfortante. Sem notar, já que havia encontrado com um conhecido e com ele conversava, uma criancinha de uns 03 anos brincava ao redor e veio para perto de Vladimir, que lhe fez uns agrados; acompanhava a criança uma moça, com seus trinta e poucos anos, muito bonita, como também sua pele, protegida por um moleton azul escuro elegante, cabelos bem arrumados, óculos escuros de refinado gosto e sorriu para Vladimir, agradecida pela gentileza com a criança, que o mesmo desconfiava ser seu sobrinho e o era, por informações posteriores.
Aquele sorriso lindo, simpático, cativante, dentes perfeitos, emoldurados por aquele rosto angelical, foi como uma pancada de amor em Vladimir (amor- sentimento que ele não via ou sentia há muito tempo – dar ou receber,) ele elegeu de vez aquela linda mulher como sua musa, como seu anjo salvador a tira-lo das tristezas e agruras da vida por que passava naqueles tempos, tão dificeis e nublados.
Procurou informações e soube que Celina (o seu nome), morava perto de sua residência, era professora, daí ela não mais lhe saiu da mente; as madrugadas tristes e frias, foram ficando mais mornas e depois quentes e cheias de amor, lembrando com mais alegria de seu filho morto e fazendo planos para um futuro radioso com esta moça, se assim Jesus aprovasse.
São passados 07 anos e Vladimir não esquece Celina, nos momentos difíceis da vida, ela é o refrigério que ameniza suas dificuldades e sofrimentos. Ocorre que Celina é muito recatada e ocupada com seus afazeres; houve inúmeras tentativas de aproximação, mas ainda não logrou êxito. Celina não sabe, mas consola sem saber e como consola!, se soubesse como é amada, já teria vindo correndo para os braços dele. Por sua vez ele tem certeza que ela é a mulher de sua vida. Está nas mãos de Jesus, quem sabe um dia...
VLADIMIR e CELINA SÃO NOMES FICTICIOS, mas o fato é verdadeiro e o amor dele muito mais...
CRISTO CONSOLA DE VARIAS MANEIRAS.
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PREITO DE GRATIDÃO
DOSTOIESWKI, escritor, maior romancista da humanidade, russo, ao regressar dos trabalhos forçados e prisão da Sibéria, dizia:
‘Ás vezes DEUS me envia instantes de paz. Nesses instantes, amo e sinto que sou amado. Foi um desses momentos que compus para mim um credo.’
Creio que não existe nada de mais belo, de mais profundo, de mais simpático, de mais perfeito do que CRISTO. E eu o digo a mim mesmo, com um amor cioso, que não existe e não pode existir. Mais do que isso: Se alguém me provar que CRISTO está fora da verdade e que esta não se acaba Nele, prefiro ficar com o CRISTO do que ficar com a verdade.
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Fatos, acontecimentos e exemplos é que não faltam para se fazer notar a Presença do Grande e Amoroso Mestre em nossas vidas. Se cada um de nós rememorar acontecimentos, verá quantas vezes Ele interferiu beneficamente, às vezes até colocando
um acontecimento doloroso, para depois dar o bem como um remédio amargo que cura e pacifica. Degas DC em Julho de 1997.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
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