quarta-feira, 28 de abril de 2010

TROVAMANDO IV - VALQUIRIA

A VALQUÍRIA
(minha musa inspiradora)

Rezo, imploro e peço,
Com gritas do coração;
Até achar, eu não me cesso,
Musa da evocação!

Sempre igual à primeira,
Bela e de fino trato;
Qual segunda e terceira,
Para o TROVAMANDO QUATRO.
Nela, hei de inspirar,
Todo junco do meu ser;
Pra poder a embalar,
No amor que hei de Ter.

Transporei aos céus e terra,
Pelo mar e sub-solo;
Bela gema lá da serra,
Levarei a tiracolo.

Aos gritos eu cantarei,
Em gemido bom e forte;
O meu ser dilatarei,
A clamar de sul a norte.

A bravar como cigarra,
O peito estourarei;
Sentirão a minha garra,
Tal quanto lhe amarei.

No seu peito um cantinho,
Abrirei com beijo doce;
E com o ledo jeitinho,
Farei meu como se fosse.

Lhe vi passando ao léu,
És da China ou da Síria?
Não importa, vem do céu,
A minha linda, VALQUÍRIA!

Esse é o lindo nome,
Da musa inspiradora;
E a lira não me some,
Por beleza esplendora.

A lua cheia, muito bela,
Ao lhe ver, foge pra longe;
Pois ninguém olha pra ela,
Por sua beleza, esconde...

Sua alma é muito rica,
Tem amor entesourado;
A mercê que me dedica,
É um bem santificado.



Seus traços angelicais,
Perfeição de escultura;
São bem fora dos normais,
São eflúvios de candura...

A sua idílica face,
Faz meu coração pular;
O amor que forte nasce,
Mais afeto ali brotar.

Cobrir-lhe-ei de afeto,
Qual neve sobre a terra;
Um amor a descoberto,
Qual linda chuva na serra...

Os meus olhos tem o brilho,
De tais desejos em flor;
Oferecem o idílio,
Para ter o seu amor.

Ela é serena e meiga,
Uma criatura que marca;
Culta, em nada é leiga,
Qualquer homem se abarca.

Mais inspira confiança,
Faz do homem fraco, forte;
Restaura a esperança,
E se lhe sugere sorte.

Mais parece manequim,
De beleza esculpida;
Tal e qual belo jardim,
Tem a alma bem florida.

Sua boca é um convite,
Os seus olhos, chamarisco;
Causa uma paixonite,
É amor de alto risco.

Mui bela, exterior,
Chega a ser radiante;
E no seu interior,
É bem mais que fulgurante...



És mulher muito sonhadora,
Pelo homem casadouro;
Muito mais que desejada,
Como camafeu de ouro.

Não prometo a riqueza,
Só a espiritual;
Um consórcio de beleza,
Meu amor será total!

E o verbo soltarei,
Pelos céus e universo;
Minha voz não prenderei,
No carinho do meu verso.

Só o grande amor, reto,
Que difere do querer;
Está no grande afeto,
Só o faz enobrecer.

Amor, límpido e puro,
De verdade, é querência;
Transporá belo futuro,
De suave inocência.

Se você me conceder,
A sua mão e bela vida;
Prometo em lhe fazer,
Das amadas, mais querida!...

Por isso tenho certeza,
Que de pau é a madeira;
E serás a minha presa,
Mas também a carcereira.

Nosso lar o paraíso,
A paixão mais que divina;
Isso quero e preciso,
Dessa gata bem felina...

Encurtando a conversa,
A VALQUÍRIA, é um sonho;
Só beleza se lhe versa,
Mais carinho eu lhe ponho.



Peço tempo no engenho,
Para lira, florescer;
Exortando o que tenho,
Tudo bom para dizer.

VALQUÍRIA, significa,
A enfermeira divina;
Que ao bravo santifica,
Se padece em chacina!...

Á você, chamo MON ANGE,
No francês, estou clamando;
Darei mais o que lhe tange,
Viverei só declamando.

VALQUÍRIA, é divindade,
É fada muito formosa;
Tem a doce caridade,
E a fé bem mais airosa.

Eu só quero lhe amar,
NÃO! Continuas dizendo;
Que importa seu pensar?
Pois eu continuo querendo...

E VALQUÍRIA, como faço?
Pra poder lhe conquistar?
De rosas farei um laço,
Com afeto vou puxar...

A ternura será grande,
Que você há de ficar;
E por onde quer que ande,
Meu amor há de estar!

Este sonho que lhe mostro,
É amostra do real;
Pois o tanto que lhe gosto,
É bem fora do normal...

Acompanhe meu caminho,
E verá que doce leito;
Asfaltado de carinho,
E grande amor no peito.



Tecerei o nosso ninho,
Para ter belo rebento;
Qual um par de passarinho,
Não ter UM, mas SÒ um CENTO!

Precisamos povoar,
Este mundo, com amor;
Com você irei contar,
Nessa lida com ardor!

Serão belos passarinhos,
Gorjeando a ternura;
Espargir muitos carinhos,
E boa dose de candura.

É o que mais lhe proponho,
Casais irão inspirar;
Nesse áureo, belo sonho,
Tentarão nos copiar.

Por que casais de agora?
Não cultivam o afeto;
Pois nos tempos de outrora,
Amavam no mesmo teto.

Não procuram fazer jús,
Pois não pedem a MARIA;
Nem tampouco a JESUS,
Que lhes abençoe o dia.

O casal deve orar,
Pelo bom entendimento;
Para DEUS abençoar,
O perene casamento.

Sem suprema oração,
E renúncia amorosa;
Não terá a condição,
D’uma vida pressurosa.

Coisa que tenho inveja,
Nas outras, sou refratário;
É casal que bem se peja,
No tratar humanitário.



Estão espalhadas aí,
As lições do MEIGO MESTRE;
É só as adquirir,
Viverão em ar silvestre.

Viu, minha VALQUÍRIA, linda,
Que belo amor profundo;
Continua e nunca finda,
Ultrapassa esse mundo!...

Que bom, foi lhe declamar,
Espero correspondência;
E me venha declarar,
Seu amor, sua querência.

Se não tiver a ventura,
Encontrá-la nessa vida;
Em existência futura,
Far-lhe-ei comprometida!

E por quatro TROVAMANDO,
Prometi felicidade;
Para musas, sempre mando,
Meus amores de verdade.

Espero, sinto e vejo,
Pelas brumas do astral;
Está vindo de sobejo,
O amor mais magistral.

Linda fêmea que espero,
Dar-lhe-ei o prometido;
Por isso que me esmero,
No amor mais convertido.

Grato, querida VALQUÍRIA,
Que inspirou o amor;
És a minha rara líria (o),
Do jardim do Trovador...

Derradeiras, estas trovas,
Do meu TROVAMANDO QUATRO;
Alegria e muitas provas,
Qual artista de teatro.



O próximo TROVAMANDO,
Estará maravilhoso;
Todos seguirão amando,
No cantar mais carinhoso...

A musa inspiradora,
Foi VALQUÍRIA, a divina;
Obrigado, fiadora,
Do meu verbo, que ensina!

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