segunda-feira, 31 de agosto de 2009

roupas novas e simples puderam ir sendo adquiridas.
Lis, continuava a trabalhar, estudar e distribuir sua cativante simpatia com conversas e beijos nos idosos, crianças e visitas aos orfanatos, ajudando em festas e eventos caritativos. Ela dominava com suave cordialidade o Jardim Botânico.
Por iniciativa de d. Luci, esposa do diplomata, Lis foi matriculada em cursos de idioma e ali aproveitou para estudar bastante e inglês, francês, espanhol e outras línguas. O tempo foi passando e ela já preparava-se para o vestibular onde iria tentar o curso de Relações Internacionais, pois por influência do cargo de seus patrões, a diplomacia a fascinava.
Lis, teve a oportunidade, nesta época de voltar ao Recife, ver seus pais, irmãos e abraçar amigos, após cinco anos de saudosa ausência, mas só pôde ficar uma semana. A vida dos seus, havia melhorado com a ajuda de Deus e da sua dedicação.
Ao voltar ao Rio de Janeiro, os patrões-diplomatas, haviam sido designados como adidos culturais na embaixada do Brasil, na França. Lis, que era altamente querida por eles, pela honestidade, caráter, educação e prestimosidade, foi convidada a integrar a comitiva familiar para a Cidade-Luz.
De início, um choque, deixar a familia, seus queridos irmãos e pais mas, O Dr. Otavio seu patrão prometeu que nada lhes faltaria, que aumentaria em muito seus ganhos, para que ela pudesse ajudá-los mais e franqueando a cada seis meses sua vinda ao Brasil para "matar a saudade".
E assim foi feito ...
Lis, já em Paris, continuava no seu trabalho e Ja cativando os franceses por onde passava. Uma linda mulher já era, 1,78m de altura, esguia, cabelos ligeiramente alourados naturais. Pele alva, postura elegante e o luzidio semblante simpático. Estudava com afinco as Relações Internacionais e idiomas, que já dominava cinco, juntamente com um fluente francês.
Sua família, no Brasil, com sua ajuda e de seus patrões, conseguiram montar um plantio de flores e apetrechos para jardins em terreno alugado e o negócio prosperava. D. Dalva, sua mãe já não precisava lavar roupas. Seus irmãos já crescidos, estudavam e ajudavam aos pais. Já não havia o temor da fome, do frio e a casa já era prôpria, apesar de não muito grande. Com o que sobrava, Sr. Antônio, d. Dalva e filhos, compravam mantimentos e levavam aos amigos remanescentes na antiga palafita
A tenacidade, simpatia e espírito humanitário de Lis foi o instrumento para esta mudança, aliada à sorte, educação de berço e a imprescindível ajuda de Jesus.
Lis era religiosa, tendo Jesus como seu rumo e guia, não importando com a crença de cada um. Em Paris ela participava de cultos, quermesses e liturgias várias.
A nossa flor, sempre interessou-se pela astronomia e nas noites claras munida de um telescópio observava e estudava os astros e estrelas e por esse interesse, matriculou-se em um curso exclusivo de astronomia.
Ela, concluiu seu curso e foi diplomada em Relações Internacionais, etiqueta, falava seis idiomas, culinária, astronomía, física, química, mecânica e no aprendizado da vida. Sempre e cada vez mais polindo seu caráter, personalidade e o principal, sua sensibilidade humana.
Em uma recepção na embaixada americana em Paris, onde em um coquetel os corpos diplmáticos de vários paises
estavam despedindo de John Fritzgerald, um adido americano, muito ligado também em astronomia.
John, era moço atlético, culto, bonito, e neste coquetel, estava presente Dr. Otávio, d. Luci e Lis.
Na apresentação de John a Lis, parece que do espaço, uma mirífica luz apareceu a ambos; uma simpatia, uma força os uniu e aproximou.
Nunca mais se esqueceram! John, de volta a sua terra, telefonava ou contatava via internet para Lis diariamente e ela com vivo amor e interesse aguardava ansiosamente aquele momento diário.
Até que num dia, John veio a Paris e pediu a Lis que se fizesse sua esposa, o que foi aceito com as bênçãos de seus pais adotivos. Dr. Otávio e d. Luci Mas haveria de ter o consentimento e as bênçãos do Sr. Antônio e de d Dalva, os verdadeiros pais de nossa flor.
Vindo até Recife, John pediu oficialmente a mão de Lis.
Em dois meses, ela se despedia de Paris, dos amigos diplomatas, para casar-se com John, em Washington D.C Lá, Lis e John foram morar em um aprazível bairro numa acolhedora casa.
Mas, a astronomia e o fascínio pelas missões espaciais, tiravam o sossego de nossa flor do pântano e John, amigo e terno que era sempre a estimulava no que quizesse.
Até que um dia abriu um programa de voluntários para uma possível viagem espacial científica ao redor da terra, pela NASA.
John, consultado, incentivou a Lis que se inscrevesse e ela imediatamente o fêz via internet.
Analisado o seu currículo, pela NASA (Agência Espacial Americana), foi classificada, pela inteligência capacidade e instrução; tendo sido meses depois convidada aos treinamentos. John verdadeiro estimulador e companheiro da esposa, solicitou ao Departamento de Estado, uma licença de dois anos, para que pudesse acompanhar e ajudar Lis em seus treinamentos.
Mudaram-se para cidade de Houston, no Texas, e dedicaram-se exclusivamente ao treinamento do programa.
No Brasil, os pais da nossa bela flor, seus irmãos e amigos, tinham notícias dela sempre e neste período, John visitou-os, trazendo ajuda moral e financeira aos amigos das palafitas, uma vez que Lis e o marido fundaram uma instituição, onde arrecadavam dinheiro para ajuda aos nossos irmãos necessitados daquela área; doando remédios, alimentos, roupas, construindo escolas, postos de saúde e área de recreação, além de outras melhorias.
Em Houston, dr. Otávio e d. Luci, os brasileiros­diplomatas e pais adotivos de Lis, vieram por duas vezes, sendo amorosamente festejados
Aproxima-se o grande dia. O dia do lançamento do ônibus espacial, onde nossa "Flor do Charco" e mais cinco astronautas ouvíriam o "Ten, nine, eight, seven, six, five, four, three, two, one ... zerol
E assim aconteceu, num dia claro, belo e com perfeito sucesso, o õnibus espacial, batizado de " Flor de Lis" írrompeu ao espaço sideral, impulsionado pelos potentes motores do foguete, rasgando as poucas nuvens e entrando na órbita pré-estabelecida, iniciando sua missão.
Antes de voltar à terra, após seis dias de missão, onde Lis cumpriu sua parte, como integrante do grupo, já nas últimas voltas ao entorno da terra, ela recostou em sua poltrona e orou a Jesus e ao nosso Pai Criador, pela Paz e para todos os deserdados da terra. Degas D.C. 2003

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